O Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe) e a Ceptis Agro vão lançar nesta semana o Programa Semente Legal, de certificação da produção. Um selo identificará os produtos e integrará um sistema de rastreabilidade que, segundo seus idealizadores, poderá reduzir a pirataria do feijão no país.
Cerca de 90% das sementes de feijão e pulses usadas hoje no Brasil, um dos líderes na produção mundial, não são certificadas e nem têm origem conhecida, informa o Ibrafe. A certificação não será obrigatória e poderá ser feita por adesão voluntária das empresas interessadas.
Os produtores terão acesso a uma plataforma tecnológica na qual as semente serão cadastradas. Etiquetas codificadas, com códigos de segurança antifraude e tecnologias antifalsificação, vão informar a destinação das sementes e atestar sua qualidade. Lacres de segurança permitirão afixar as etiquetas às sacarias e bigbags das sementes.
Todo o processo poderá ser acompanhado por um aplicativo gratuito para smartphones, que terá um canal de denúncia com garantia de privacidade das informações.
De acordo com Philippe Ryser, CEO da Ceptis, a iniciativa contribui para a autorregulação do setor. Com ela, diz, será possível combater práticas de comercialização de sementes piratas, que prejudicam a produtividade e a segurança alimentar dos consumidores.
“Estamos implementando um modelo de negócio com uma referência de boas práticas de produção sustentável e monitoramento contínuo de diversos indicadores ambientais, sociais e econômicos. Isso reflete em todo o setor, que contará com um importante instrumento de combate ao comércio ilícito e à concorrência desleal e, principalmente, de proteção do consumidor”, afirmou, em nota.
Segundo o Ibrafe, uma semente fora do padrão pode causar queda na produtividade e disseminar pragas e doenças. “Precisamos fazer investimentos para termos o reconhecimento do melhor produto e a confiança que o mercado quer. O Semente Legal privilegia o produtor, diferenciando as sementes vendidas no mercado e legitimando nossas marcas como tecnicamente competentes e comprometidas com as boas práticas de produção. Queremos ter as melhores sementes do país. E as sementes certificadas certamente vão valer mais do que as outras”, diz Marcelo Lüders, presidente do instituto.
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