Entressafra e clima reduziram a oferta da variedade carioca
Apesar de a inflação dos alimentos ter registrado desaceleração em maio, segundo o IPCA-15, o feijão continua a machucar o orçamento dos brasileiros. A alta do feijão carioca ainda foi de 6,69%, enquanto o avanço do indicador do grupo alimentos como um todo ficou em 1,52%. No ano, o carioca já subiu 21,5%, ante 8,14% dos alimentos em geral. A entressafra e o clima explicam a diferença.
A colheita de segunda safra (a leguminosa tem três) começou em Minas Gerais e Goiás e está sendo finalizada no Paraná, mas as ameaças de geada e os ventos frios provocaram uma alta nos preços da saca. Segundo Marcelo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), a saca da variedade carioca chegou a R$ 450 no Paraná, ante R$ 320 em abril e R$ 270 em maio de 2021.
“Não bastasse o clima não estar ajudando, temos neste momento a menor área destinada ao carioca de segunda safra desde 2016”, diz Lüders. O feijão tem perdido espaço para a soja e outros grãos. “A Conab não consegue captar as informações como percebemos no instituto.”
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