O brasileiro está consumindo mais pão francês do que verduras, hortaliças e Feijão. O estudo que levantou esses dados foi realizado pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), com o apoio do Instituto Ibirapitanga e do Instituto Clima e Sociedade
A pesquisa revela que o consumo de carboidratos está muito alto e há pouca variedade de vitaminas. As despesas mensais dos brasileiros com o pão francês somam cerca de R$ 1,2 bilhão e supera as despesas com o Arroz (R$ 821 mi) e o Feijão (R$ 408 mi). Os dados dizem ainda que legumes e verduras compõem apenas cerca de 4% do consumo alimentar, mesma porcentagem das frutas.
Alimentos naturais de maior relevância na dieta do brasileiro, como o Arroz, o Feijão e o Leite, tiveram queda de 40% no consumo, em média, durante o período analisado. O pão de francês, por sua vez, teve aumento de 23%. Para os autores do estudo, a mudança de hábito alimentar tem sido causada por fatores como falta de tempo, preço atrativo e exposição à propaganda.
Recomendações
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a ingestão diária de pelo menos 400 gramas de frutas e hortaliças, o que equivale, aproximadamente, ao consumo diário de cinco porções desses alimentos.
O Ministério da Saúde realiza anualmente o guia de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel), uma pesquisa feita por telefone com pessoas de diferentes faixas etárias em todos os estados brasileiros. Na edição de 2019, a frequência de consumo recomendado de frutas e hortaliças foi de 22,9%, sendo menor entre homens (18,4%) do que entre mulheres (26,8%).
Já a frequência de adultos que referiram o consumo de Feijão em cinco ou mais dias da semana variou entre 26%, em Macapá, e 74,8%, em Belo Horizonte. As maiores frequências, entre homens, foram encontradas em Belo Horizonte (81,6%), Goiânia (79,4%) e Aracaju (78,6%); e, entre mulheres, em Goiânia (70,3%), Belo Horizonte (69,2%) e Cuiabá (64,2%).
Incentivo
Os responsáveis pelos estudos apontam a influência midiática e a vida corrida como os principais fatores que ameaçam a alimentação saudável.
“Para mudar esse cenário é necessário unir forças para realizar campanhas de incentivo ao consumo saudável. Aumentar o número de informações que chegam até o consumidor final, mostrando a importância da variedade nutricional para a saúde. Temos que nos movimentar e contribuir não só para o aumento do consumo saudável, mas também para a qualidade de vida da população”, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (IBRAFE), Marcelo Lüders.
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