Desde o início da safra em 2020, o Brasil tem batido recorde na colheita de grãos. Contudo, as áreas de plantio de alimentos básicos aos brasileiros, como arroz e Feijão, têm diminuído consideravelmente. Esse fator tem refletido diretamente no preço desses itens nas gôndolas dos supermercados.
O Feijão tem perdido áreas de plantio para a soja e para o milho desde o início da safra. A alta demanda do mercado mundial, somada ao retorno em dólar para os produtores, têm feito com que o bom e velho Feijão fosse preterido por boa parte dos agricultores brasileiros.
A safra de grãos de grãos brasileira deve atingir mais de 270 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados pela Conab nesta quarta-feira (12). Enquanto a soja deve ter uma colheita em torno de 135 milhões de toneladas em 20/21, o Feijão não deve passar de 3,1 milhões de toneladas, apresentando queda em relação ao período passado.
O engenheiro agrônomo Cristiano de Almeida Dias, da região de Nepomuceno, em Minas Gerais, afirma que o plantio de milho e soja se estendeu além do habitual, atrasando o início do plantio de Feijão, que foi prejudicado também pela previsão de pouca chuva.
“Começamos as colheitas na nossa região no fim de abril e temos observado uma quebra entre 30 e 40% de produtividade devido à falta de chuva. Muitos produtores já têm começado a reclamar dessas baixas produtividades”, sinalizou Dias.
Ele destaca ainda que as regiões de Goiás e Triângulo Mineiro têm plantado Feijões para exportação, como o Rajado e Caupi, diminuindo ainda mais as áreas de Feijão Carioca.
Preço alto e pouca oferta
Com a menor oferta e os valores cotados em dólar, o preço nas prateleiras do supermercado não apresenta perspectiva de queda até o fim do ano.
O economista da FGV Felipe Serigati afirmou, em entrevista, que o mundo está com uma demanda por alimentos bastante aquecida e que não devemos observar quedas nos preços nos próximos meses. “Não vamos esperar que arroz, Feijão e óleo de soja fiquem mais baratos do que estão hoje”.
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