O mercado de Feijões segue com um momento de menor volume de negócios que trouxe para o Feijão-carioca uma redução entre R$ 5 e R$ 10 por saca. Consequentemente, o volume de negócios foi reduzido, uma vez que, em breve, o retorno às compras acontecerá.Enquanto isso, pode ser um bom momento para reflexões sobre o tema em voga, que é a redução de consumo. Quanto melhor o diagnóstico, mais acertado será o remédio.
Nos últimos 40 anos, o consumo de Feijão no Brasil caiu mais de 30%. É fácil culpar apenas a correria do dia a dia e o avanço dos ultraprocessados, mas existe um fator silencioso que tem impacto direto: o discurso contra o arroz branco.
Nutricionistas e instituições renomadas internacionais, ao recomendarem a redução do consumo de arroz, esquecem que ele, no Brasil, raramente é consumido sozinho. O resultado é que, quando o arroz sai do prato, o Feijão vai junto. E o vazio deixado na refeição não é preenchido por frutas e legumes, mas sim por ultraprocessados baratos e cheios de aditivos.
Do ponto de vista científico, o arroz com Feijão forma uma proteína completa e equilibrada. O índice glicêmico elevado do arroz branco cai drasticamente quando combinado com Feijão, proteína e salada. Ignorar isso é simplificar demais e, no fim, prestar um desserviço à saúde pública.
Essa narrativa também influencia diretamente o mercado. Menos consumo interno significa menos sustentação de preços para o Feijão, mais dependência de exportações e maior vulnerabilidade da cadeia produtiva.
O desafio para nós, produtores e comerciantes, vai além do campo: precisamos disputar a narrativa alimentar no Brasil. Defender o arroz com Feijão não é apenas defender dois grãos. É defender a saúde do nosso povo, o consumo interno, a cultura nacional e o futuro de um mercado que não pode ficar refém de modismos. Por isso, Viva Feijão é parte da reação.
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