Censo Agropecuário: Uma Nova Leitura do Mercado de Feijão

Por: IBRAFE,

4 de setembro de 2025

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O Levantamento Agropecuário confirma o que já se pressentia: 97% das lavouras de Feijão têm menos de 5 hectares. Um retrato sólido da agricultura familiar, feita por milhares de produtores que mantêm viva a tradição, colaboram com o autoconsumo e garantem o alimento mais brasileiro do dia a dia.

Mas há um contraponto poderoso: apenas 0,5% das lavouras — aquelas com mais de 50 hectares — são responsáveis por cerca de 75% da produção nacional de Feijão. É essa logística de escala que domina o fluxo de oferta e influencia quem determina os preços.

Ou seja, continuamos precisando muito dos dois lados: o pequeno produtor, guardião da cultura e da segurança alimentar, e o grande, que sustenta o abastecimento, a estabilidade de mercado e os olhares exportadores.

Preços de 3 de setembro de 2025

Segundo o CEPEA/CNA, aqui está o panorama para os principais tipos de

Feijão:

Feijão Carioca — Notas 9 ou superior:

Triângulo Mineiro / Alto Paranaíba: R$ 221,87/sc (+4,65%)

Itapeva (SP): R$ 249,31/sc (+1,56%)

Centro/Noroeste Goiano: R$ 222,89/sc (+1,05%)

Leste Goiano: R$ 213,18/sc (+1,55%)

Noroeste de Minas: R$ 222,10/sc (queda de –0,02%)

Barreiras (BA): R$ 216,67/sc (sem variação)

 Feijão Carioca — Notas 8 e 8,5:

Centro/Noroeste Goiano: R$ 188,89/sc (+4,86%) — destaque positivo

Curitiba (PR): R$ 191,37/sc (+1,97%)

Metade Sul do Paraná: R$ 180,45/sc (+1,53%)

 Itapeva (SP): R$ 218,95/sc (+0,23%)

Leste Goiano: R$ 197,63/sc (+0,93%)

Noroeste de Minas: R$ 206,85/sc (+0,12%)

Sul Goiano: R$ 184,89/sc (–0,96%)

Barreiras (BA): R$ 199,56/sc (–0,51%)

 Feijão Preto — Tipo 1:

Metade Sul do Paraná: R$ 120,69/sc (+1,34%)

Curitiba (PR): R$ 126,61/sc (queda de –2,41%)

Nordeste Rio-grandense: R$ 114,68/sc (sem variação)

Oeste Catarinense: R$ 105,62/sc (–1,17%)

Feijão Carioca tipo 1: R$ 176,10/sc (+5,30%)

Feijão Preto tipo 1: R$ 112,21/sc (–2,38%)

 Conclusão

A valorização segue firme para o carioca de melhor qualidade, refletindo boa demanda, valorização dos lotes claros e estratégia de armazenamento.

O carioca notas 8/8,5 também mostra recuperação, com destaque para o Centro/Noroeste Goiano e o Paraná — sinal de mercado firme no campo intermediário.

 Já o Feijão Preto sofre com excesso de oferta e queda de demanda, especialmente no atacado do Paraná.

 A discrepância entre oferta e preço no campo (pequenos vs. grandes) segue ressaltando a importância estratégica de ambas as forças agropecuárias.

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