O mercado ontem apresentou movimento maior nas lavouras em Minas Gerais. Os preços já apontam para uma leve recuperação em alguns negócios dos Feijões disponíveis, ainda que comerciais, mostrando que a “moleza” para o comprador vai ficando para trás.
Em São Paulo, vendas de Feijões com mais de 20% de umidade ficaram entre R$ 230/240. Raros lotes melhores e uma venda de um pequeno lote de Feijão seco, nota 9, foi reportada, mantendo a referência em R$ 260/sc. Há produtores que, na prática, já encerraram os negócios deste ano e só pretendem olhar o mercado novamente em 2026, reduzindo ainda mais a oferta imediata.
Todos os indicativos, inclusive os de Minas Gerais, apontam para uma primeira safra com área menor, bem menor que a do ano passado. No levantamento que mencionamos no boletim, de 42 produtores cadastrados por um corretor no Noroeste de Minas, apenas 11 confirmaram plantio para a safra das águas. Isso, somado aos relatos de outras regiões, mostra que o mercado está, pouco a pouco, construindo as condições para preços de Feijão que realmente valem a pena.
Ao mesmo tempo, as informações sobre a segunda safra, que já estamos detectando juntos, abrem uma janela clara: é hora de buscar TODAS as alternativas possíveis para plantar Feijão.
E, desta vez, o cenário permite trabalhar com boas opções sem contrato, pelo menos nos primeiros seis meses. Manter um percentual travado sempre é prudente, mas não há necessidade de carregar todo o “hedge” na mão, principalmente para quem conhece o próprio custo e tem fôlego para esperar os movimentos de mercado que esse quadro de menor área tende a trazer.
