Feijão-carioca poderá substituir parte do Feijão-preto

Por: IBRAFE,

22 de junho de 2023

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Alguns operadores e especuladores acreditam em preços próximos a R$ 200 por saca, a exemplo de 2022 no segundo semestre, alegando que o custo de produção este ano ficou bem abaixo do ano passado. Entretanto, nesta equação, é necessário olhar o que mudou do ano passado para este, no cenário geral do Feijão. Por exemplo, a área de câmaras climatizadas aumentou, a área com plantio de Feijão de escurecimento lento também e há ainda o fato de que o Feijão-preto terá um déficit de oferta considerável no segundo semestre. Não causará estranheza de agora em diante o preço do Feijão-preto se aproximar do valor pago ao Feijão-carioca e ultrapassá-lo nos próximos meses. 
Com isso, parte do consumo do Feijão-preto migrará para o carioca por questão de preço. Como o Feijão-preto dependerá de importação no segundo semestre, justifica-se esta hipótese. No entanto, é hora do produtor de Feijão-carioca colher e vender. 
O cenário indica que os preços de agora ainda podem ser encarados como excelentes. Os preços do Feijão-carioca já estão com tendência de acomodação a níveis inferiores ao passado recente, porém ainda estão acima dos valores praticados no ano passado. Tem ficado claro neste mês a estratégia dos empacotadores de porte maior não deixar para comprar na última semana. Ainda que do ponto de vista de disponibilidade não haja risco, a questão é que, se todos esperarem, talvez a demanda da semana que vem poderá ser maior do que a oferta. 
Ontem, em alguns polos de produção, havia disposição de compra, mas não havia ainda lotes colhidos disponíveis. Em Goiás, por exemplo, no Vale do Araguaia, compradores buscavam lotes por R$ 280/285 mais ICMS que tem a pauta fixada em R$ 275,35, o que perfaz R$ 16,72 por saco. Em Minas Gerais, a referência para extra está ao redor de R$ 290/310. O Feijão da região sul do estado tem disponibilidade por preços mais baixos, mas para produto por volta de nota 8/8,5 como máximo de preço ao redor de R$ 250. O Paraná somente poderá trabalhar, a partir de agora, ofertas de Feijões com qualidade bastante comprometida, por consequência das chuvas da semana passada.

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