Feijões e Gergelim batem recorde de exportação

Por: IBRAFE,

7 de outubro de 2025

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Feijão-Carioca no mercado interno, o dia de ontem foi de poucos negócios e cotações estáveis. Se no mercado interno o consumo desacelera, nos últimos anos a exportação de Feijão acaba de alcançar um feito histórico: 361.864 toneladas exportadas até agora em 2025, o maior volume já registrado. Mas o que realmente chama atenção não são apenas os números, e sim as histórias que explicam como o Brasil chegou até aqui.

O destaque absoluto é o Feijão-Mungo-Preto. Essa variedade simplesmente não existia oficialmente no país até 2024, quando o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) lançou a cultivar IAC VM211. Com o plantio experimental de grãos crioulos em 2023, ele saiu do zero para 171 mil toneladas exportadas, abrindo um novo capítulo para o Feijão brasileiro no comércio mundial.

Outro resultado marcante vem do Feijão-Preto, que atingiu 59 mil toneladas exportadas. Vale lembrar que, até 2023, o Brasil ainda importava grandes volumes desse tipo. Também ganham espaço os Feijões Rajado, Vermelho e Branco, que juntos somam 54 mil toneladas, e o Caupi Branco do Mato Grosso, com 66 mil toneladas exportadas até agora.

Tudo isso aconteceu sem comprometer o abastecimento interno, sustentado pelo Feijão-Carioca, responsável por 65% da produção nacional e que segue firme no mercado doméstico.

Esses resultados são fruto da soma entre pesquisa, produtores e exportadores. O IAC, o IDR e a Embrapa vêm desenvolvendo cultivares cada vez mais produtivas e adaptadas. Os produtores mostraram coragem ao testar novas variedades e investir em tecnologia. E os exportadores completam o ciclo ao oferecer contratos, assistência técnica e, em muitos casos, apoio financeiro direto ao plantio.

O projeto Brazil Super Foods, parceria entre APEXBrasil e IBRAFE, tem sido essencial para levar o Feijão brasileiro ao mundo. Com ações de marketing em países estratégicos, o programa é financiado de forma compartilhada, com os exportadores investindo 50% de todo o valor aplicado.

Manter esse ritmo exige foco. Para continuar crescendo, o Brasil precisa gerar excedentes, melhorar a produtividade média e garantir regularidade de oferta. A competitividade global começa dentro da porteira, com tecnologia, manejo e qualidade.

O Feijão brasileiro deixou de ser apenas um símbolo da mesa nacional para se tornar uma referência global em alimento saudável e sustentável. É uma conquista que orgulha toda a cadeia e que o Clube Premier acompanha desde o primeiro capítulo. 

E o Gergelim segue o mesmo caminho de sucesso. 

Em setembro, o Brasil exportou 109 mil toneladas, um salto de 60,3% em relação a agosto, alcançando um novo recorde. Os principais destinos foram China (64000 toneladas, 58% do total), Índia (23.000 toneladas), Vietnã (7000 toneladas) e Turquia (6000 toneladas). No acumulado de 2025, o país já soma 349.674 toneladas exportadas, consolidando o Gergelim como outro superalimento brasileiro que ganha o mundo.

 

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