Ao contrário do que esperavam alguns compradores, o mercado de Feijão não cedeu ontem nas principais fontes. No Noroeste de Minas Gerais, os melhores lotes de Feijão-carioca seguem firmes, com negócios reportados até R$ 230/sc. A maioria dos compradores segue autorizada a pagar no máximo R$ 225, e essa diferença de apenas R$ 5 foi suficiente para travar diversos negócios no dia.
A colheita em Minas está sendo rapidamente absorvida, com escoamento direto das lavouras para os empacotadores — praticamente nenhum lote foi para câmara fria até o momento. Isso reforça o cenário de oferta justa e sugere que, ao longo desta semana, a probabilidade de recuo nos preços é baixíssima.
No Vale do Araguaia (GO), compradores também testaram a possibilidade de recuar os preços, mas os produtores não aceitaram. Muitos continuam optando por armazenar o Feijão recém-colhido, aguardando oportunidades melhores de venda.
Já no Paraná, o mercado do Feijão-preto se mantém estável. Os preços continuam nos mesmos patamares das semanas anteriores, mas a presença de vendedores está se tornando cada vez mais rara. Os lotes já foram colhidos e armazenados, e a tendência é que os produtores passem a segurar ainda mais a mercadoria.
O que estamos vendo é um mercado com sustentação técnica. Não há sobras, e a postura dos produtores indica que só irá haver recuo real de preços se houver mudanças drásticas no consumo ou na entrada de volumes inesperados. Enquanto isso não acontece, o melhor para quem precisa comprar é aproveitar as oportunidades assim que surgirem.
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