Ontem, dentro do esperado, os compradores testaram os produtores. Alguns negócios foram fechados com valores entre R$ 5 e R$ 10 abaixo da referência, mas a maioria dos produtores preferiu esperar. Ocorrem negócios pontuais porque, mesmo aqueles que têm condições de segurar produto, se veem pressionados pela necessidade de caixa diante da escassez de limites nos bancos.
A narrativa utilizada pelos empacotadores junto ao varejo continua sendo a forte presença da mosca-branca e suas perdas — argumento que não combina com recuos de preço. Isso gera risco: se os preços caem, uma nova valorização se torna bem mais difícil de sustentar.
Um produtor relatou ao IBRAFE que pretendia segurar todo o Feijão colhido, mas precisou vender diante de uma situação emergencial. Esse é o retrato atual: o mercado não mostra força vendedora, mas sim negócios forçados.
No Feijão-preto, há possibilidade de redução pontual até a volta efetiva dos compradores. Enquanto isso, empacotadores já sondam preços na Argentina, o que pode resultar em negócios complementares para quem precisa de produto extra.