A Universidade Estadual de Dakota do Sul (SDSU), está conduzindo um estudo detalhado sobre o cultivo de ervilhas. O teste, que está sendo feito na Dakota Lakes Research Farm, envolve cerca de 35 variedades diferentes de ervilhas verdes e amarelas, que, apesar de possuírem características de crescimento semelhantes, resultam em produtos distintos.
Chris Graham, professor associado e gerente da Fazenda de Pesquisa West River da SDSU, explica: "Na verdade, é apenas uma classe de mercado. Às vezes, elas têm usos finais diferentes, mas, em geral, o que vemos é que as ervilhas verdes têm um pouco mais de proteína e as ervilhas amarelas tendem a render um pouco mais".
Além de observar o rendimento e o teor de proteína, os pesquisadores estão focados na fixação de nitrogênio. "Meu laboratório faz muito trabalho sobre fixação de nitrogênio, então estamos observando quanto nitrogênio essas plantas podem fixar da atmosfera", destaca Graham. Ele acrescenta que isso depende da relação simbiótica entre as plantas e os rizóbios, as bactérias responsáveis por esse processo.
O estudo também está voltado para o desenvolvimento de novos rizóbios que sejam tolerantes à seca e ao sal, capazes de sobreviver em condições mais severas e continuar a fixar nitrogênio. "Estamos desenvolvendo novos rizóbios tolerantes à seca e ao sal que podem suportar essas condições mais severas e continuar a fixar nitrogênio, enquanto outros morrem", explica Graham. Ele estima que a maior parte da pesquisa será concluída até o final de 2024.
Atualmente, a produção de ervilhas em Dakota do Sul é limitada, concentrando-se principalmente na parte central do estado, especialmente nas áreas de Pierre e nos condados de Hughes e Sully. "A área de Pierre é provavelmente a maior área", comenta Graham, acrescentando que há alguma produção no canto sudoeste e noroeste do estado.
As ervilhas são conhecidas por sua resistência ao calor, e as condições climáticas deste ano foram favoráveis. "Tivemos uma umidade muito boa, especialmente no início da estação de crescimento, quando elas realmente mais precisam", observa Graham. Devido à baixa área de cultivo, as ervilhas em Dakota do Sul não enfrentam muitas doenças, um problema comum em estados com rotações mais apertadas entre trigo e ervilha.
Sobre os rendimentos, Graham menciona que os resultados são frequentemente semelhantes aos do trigo de primavera. "Vemos rendimentos em anos secos tão baixos quanto 10-20 bushels e, em anos bons, podemos obter 60-70 bushels. Este ano, acho que estaremos em direção ao limite superior", afirma.
A principal questão para a expansão do cultivo de ervilhas na região é a comercialização. "Não temos muitos mercados bem estabelecidos, mas certamente há algumas opções para os agricultores, especialmente na parte central do estado", diz Graham.
Apesar dos desafios, Graham enxerga um grande potencial para a expansão da área de ervilhas em Dakota do Sul. "Acho que seria ótimo ver. Acho que é uma cultura de nicho, mas tem um bom ajuste para produtores", afirma. Ele acredita que, especialmente na parte oeste do estado, onde há menos variedade de culturas, as ervilhas podem complementar as rotações pesadas de grãos pequenos e ser uma opção lucrativa e sustentável para os agricultores.
Com informações de AG Week
https://www.agweek.com/crops/other-crops/researchers-explore-field-pea-potential-in-south-dakota
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