China bate recorde com mais de US$ 100 milhões em importações de pulses da Índia

Por: IBRAFE,

26 de abril de 2023

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Nos últimos anos, a China aumentou suas compras de leguminosas da Índia, como feijão e Kabuli chana (grão-de-bico), para atender à crescente demanda. No ano fiscal de 2022-23, a China ultrapassou os Emirados Árabes Unidos como o maior consumidor de leguminosas indianas, com as importações atingindo US$ 100 milhões pela primeira vez.

De acordo com dados da APEDA, as importações chinesas de leguminosas indianas totalizaram US$ 102,41 milhões de abril a janeiro de 2022-23, acima dos US$ 89,03 milhões em todo o período de 2021-22. Durante esse período, as exportações totais de leguminosas da Índia aumentaram 25%, para US$ 476 milhões, contra US$ 379 milhões no ano fiscal anterior.

As compras chinesas de leguminosas indianas em grandes quantidades, que começaram durante a epidemia de Covid, foram sustentadas e aumentaram muito nos últimos anos. A quantidade de leguminosas exportadas da Índia para a China quintuplicou nos últimos quatro anos, enquanto o valor mais do que triplicou nos últimos três.

"Nos últimos anos, a China emergiu como um grande consumidor de leguminosas. "Seus hábitos alimentares estão mudando e seu consumo está aumentando ano após ano", afirmou Harsha Rai, vice-presidente de vendas da Mayur Global Corporation, uma corretora mundial de leguminosas.

Rai afirma que a China, que anteriormente exportava Rajma-Chitra (Feijão-vermelho) para a Índia, de repente se tornou um importador. A China importa LSKB (Feijão-rajado) da Índia há dois anos. Ao mesmo tempo, a Índia voltou-se para origens como o Brasil para suprir a crescente demanda de LSKB (Feijão-rajado), de acordo com Rai.

Além disso, os chineses aumentaram suas compras de grão-de-bico da Índia, que anteriormente compravam da Turquia. Além disso, Rai afirmou que durante o período de pandemia, a demanda chinesa por feijão-fradinho indiano, especialmente o tipo laranja, cultivado na região de Mysore, aumentou.

A China tem comprado todos os tipos de leguminosas, incluindo feijão-mungo, de todo o mundo, acrescentou ela. M Angamuthu, presidente da APEDA, afirmou que a China tem taxas de importação de leguminosas mais baixas do que outros países. Nos últimos anos, a produção de leguminosas da Índia expandiu continuamente, incentivando a exportação de alguns tipos. A Índia é o maior produtor, consumidor e importador de leguminosas do mundo.

De acordo com as segundas estimativas antecipadas do Ministério da Agricultura, fornecidas em meados de fevereiro, a produção geral de leguminosas da Índia aumentou de aproximadamente 18,3 milhões de toneladas em 2012-13 para cerca de 27,81 milhões de toneladas em 2022-23.

Devido às dificuldades climáticas, a deficiência na produção de leguminosas como tur (Guandu) e URAD (Mungo-preto) obrigou o governo a manter em aberto a importação de certos tipos até março de 2024.

Diante desse cenário, o IBRAFE levanta alguns questionamentos que começam a ter respostas favoráveis:

  1. Qual é o potencial de exportação de Feijão do Brasil para a China, considerando o atual cenário do mercado internacional?

  2. Como o Brasil pode se beneficiar do pedido de acordo fitossanitário da China para importar Feijão brasileiro?

  3. Quais são as perspectivas de mercado para o Feijão brasileiro nos próximos anos, considerando a crescente demanda internacional e a importância do Brasil como um dos principais produtores mundiais?

Clube PREMIER, informação confiável sobre o mercado de Feijão

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