Na semana passada, a consultoria McKinsey publicou uma análise provocadora: “Future of food: Meatless?”. Apesar do título ousado, a mensagem central é simples: o mundo está mudando seu prato. Mais gente busca proteínas vegetais por saúde, sustentabilidade e custo-benefício. Nesse cenário, o Feijão aparece não como coadjuvante, mas como estrela.
Para nós, brasileiros, não há novidade em reconhecer o valor do Feijão. O que chama a atenção é a forma como esse alimento, tão cotidiano, ganha destaque global justamente no momento em que precisamos resgatar seu prestígio aqui dentro. O Feijão é saudável, acessível e faz parte da nossa identidade. Mas ele pode ser ainda mais: pode ser regenerativo.
Quando falamos em Feijão Regenerativo, não se trata de um rótulo da moda. Estamos falando de práticas agrícolas que devolvem vida ao solo, preservam a água, reduzem a dependência de insumos químicos e aumentam a biodiversidade. Cada hectare de Feijão cultivado sob esses princípios não apenas alimenta, mas também regenera.
A McKinsey destaca a importância da educação alimentar. E aqui está a grande oportunidade: ensinar ao consumidor urbano que, ao escolher um prato de Feijão, ele não está apenas cuidando da própria saúde, mas apoiando um sistema agrícola que cura o planeta. Diferente de alternativas ultraprocessadas que tentam imitar a carne, o Feijão é um alimento verdadeiro, com séculos de tradição e um futuro promissor.
O mundo já enxerga o potencial das Pulses. A previsão é de que o mercado global de Feijão seco alcance mais de US$ 53 bilhões até 2035. O Brasil, que já é um dos maiores produtores, pode liderar esse movimento ao oferecer ao planeta o que temos de melhor: diversidade de variedades, capacidade produtiva e agora, um projeto de Feijão Regenerativo capaz de colocar nossa agricultura na vanguarda da sustentabilidade.
Se o século XXI pede alimentos de verdade, com impacto positivo na saúde e no meio ambiente, o Feijão Regenerativo é a resposta brasileira. É hora de parar de enxergá-lo apenas como item da cesta básica e começar a tratá-lo como estratégia nacional.
O futuro da comida pode até ser “meatless”, como sugere a McKinsey. Mas, sem dúvida, será com muito mais Feijão no prato.