A safra 24/25 revela os principais polos agrícolas de Feijão-cores e Feijão-preto no Brasil, evidenciando particularidades regionais e uma grande concentração produtiva em alguns estados.
Panorama do mercado na última semana
Na semana passada, o mercado de Feijão apresentou comportamento estável, sem grandes variações de preços. Os compradores seguiram cautelosos, aguardando a definição de estoques e a entrada de novos lotes, enquanto os produtores mantiveram firmeza nos pedidos, especialmente nos lotes de melhor qualidade. Essa estabilidade reflete um equilíbrio momentâneo entre oferta e demanda, típico do período em que o mercado avalia a transição entre safras. O movimento sinaliza que os próximos passos dependerão da intensidade das vendas armazenadas e do ritmo das chegadas da terceira safra.
Feijão-cores
- Minas Gerais (MG) é o maior produtor nacional de Feijão-cores, liderando na 1ª e 2ª safra e figurando entre os três maiores também na 3ª safra.
- Goiás (GO) destaca-se na 3ª safra.
- Paraná (PR) aparece como protagonista na 2ª safra.
- São Paulo (SP) contribui com volume significativo na 1ª safra.
Feijão-preto
- Paraná (PR) é, de longe, o maior polo de Feijão-preto no país, concentrando 630,9 mil toneladas.
- Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS) acompanham na 1ª e 2ª safra como segundo e terceiro colocados, respectivamente.
- Na 3ª safra, apenas Pernambuco (PE), Distrito Federal (DF) e Santa Catarina (SC) contribuem com volumes modestos.
Síntese comparativa
O Feijão-cores tem distribuição mais ampla entre os estados, enquanto o Feijão-preto é altamente concentrado no Sul.
A produção nacional de Feijão-preto (811,6 mil t) representa cerca de metade da produção total de Feijão-cores (1.637,6 mil t) para a mesma safra.
O Paraná (PR), além de liderar a produção de Feijão-preto, aparece entre os maiores produtores de Feijão-cores, ilustrando sua relevância nacional.
Minas Gerais (MG) destaca-se fortemente em Feijão-cores, mas tem papel secundário no Feijão-preto.
Esses dados reforçam o papel de cada variedade nos hábitos de consumo, nos mercados regionais e na estratégia de abastecimento do Feijão brasileiro.