Índia prevê compra de US$ 1 bi em Feijões e Pulses do Brasil

Por: IBRAFE,

26 de abril de 2024

Responsive image

O SuperFoods Summit Brazil, realizado pelo Instituto Brasileiro de Feijão, Pulses e Colheitas Especiais (IBRAFE) e pela Apex Brasil, na última semana recebeu uma missão empresarial indiana com a intenção de negociar US$ 1 bilhão em Feijões e Pulses do país.

O interesse principal são as variações de Feijão, como Guandu e Mungo preto e a ideia é fazer compras anuais para suprir a demanda interna, com início já em 2024.

“Autoridades da Índia vieram com interesse na importação de Feijão-mungo preto e do guandu. Do mungo preto, devemos ter uma quantidade a ser ofertada entre 40 e 50 mil toneladas para fechar esse ano”, destacou o presidente do IBRAFE, Marcelo Eduardo Lüders.

Segundo a Food and Agriculture Organization (FAO), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), esses Feijões representam a base da dieta proteica do país, uma vez que 42% da população é vegetariana. A Índia consome atualmente 30 milhões de toneladas anuais de variantes de Feijão, produzindo cerca de 27 milhões o que abre a necessidade das importações.

Para atender à crescente demanda do mercado interno, autoridades indianas vêm buscando novos mercados fornecedores, com capacidade produtiva, como é o caso do Brasil. IBRAFE e Apex Brasil têm intermediado negociações nesse sentido e para estreitar ainda mais esses laços convidaram a comissão indiana para vir ao Brasil e participar do SuperFoods Summit Brazil.

Segundo membros da Associação Indiana de Grãos e Pulses, a expansão econômica aumentará esse consumo entre 10% e 15% anualmente nos próximos 10 anos, fazendo do Brasil o país com maior capacidade produtiva para suprir essa demanda.

Consolidação

Durante a Gulfood, realizada em Dubai no início de 2024, IBRAFE e Apex Brasil intensificaram as negociações de exportação com as autoridades indianas. Acordos bilaterais e fitossanitários foram alinhados para que ambos os lados tivessem segurança nas transações.

Além disso, foram feitos testes com o solo brasileiro com as variedades consumidas na Índia e o resultado foi excelente.

“O Brasil tem a capacidade e a Índia, a demanda. Uma vez no mercado indiano, que tem mais de 1 bilhão de pessoas, novos mercados se abrem. É uma oportunidade única”, afirmou o diretor-executivo da Nafed, Sunil Kumar Singh.

Mais
Notícias

Índia enfrenta escassez de leguminosas em meio à temporada eleitoral
07/05/2024

Fundação Gates financia projeto de Feijão resistente a pragas
07/05/2024