Como Faz Falta um Lobby Profissional

Por: Ibrafe,

24 de janeiro de 2025

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Na região dos Campos Gerais do Paraná, que inclui cidades como Castro e Ponta Grossa, a colheita do Feijão-carioca praticamente já foi concluída. Esse término pode trazer mudanças nas fontes de abastecimento. Com a colheita encerrada, o Feijão-carioca dessa região pode deixar de causar grandes impactos no mercado.

Um ponto de preocupação entre os empacotadores é o aumento no uso de câmaras frias e o fato de novos produtores, que nunca haviam plantado Feijão antes, estarem entrando na atividade. Isso gera insegurança, levando os compradores a adotar uma postura cautelosa, preferindo compras pontuais e imediatas. Há o receio de que, de uma hora para outra, o Feijão represado nos armazéns seja liberado em grande volume, afetando os preços.

Além disso, ontem, um ministro do governo mencionou a possibilidade de redução nos preços dos alimentos, ignorando que o que precisava baixar já o fez. A manutenção dos níveis atuais pode, inclusive, resultar em uma queda significativa na próxima área a ser plantada, o que pode causar aumento nos preços em ciclos seguintes.

Frequentemente, nos grupos de WhatsApp, surgem sugestões para campanhas de incentivo ao consumo de Feijão. Embora a necessidade seja evidente, a pergunta é: quem financiará essas campanhas?

Uma possível solução seria investir em um profissional de relações institucionais sólido em Brasília, dedicado a identificar fontes de recursos para campanhas. Esse profissional poderia construir estratégias de cooperação e buscar apoio para iniciativas de longo prazo. Seria interessante unir esforços entre produtores e empacotadores, compartilhando custos e benefícios, explorando possíveis apoios governamentais e focando em estratégias sustentáveis.

Vale lembrar que, apenas no contexto da reforma tributária, o governo teve reuniões frequentes com grandes associações, como a ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), que registrou 60 reuniões; a ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados), com 17 registros; e a ABIAM (Associação Brasileira da Indústria e Comércio de Ingredientes e Aditivos para Alimentos), também com 17 reuniões. Essas entidades representam empresas como BRF, JBS, Coca-Cola, Nestlé, Ambev, Bauducco, Nissin, McDonald’s, Unilever, Danone, Seara, Assaí, Grupo Pão de Açúcar, entre outras.

Esses exemplos mostram como uma atuação bem estruturada em Brasília pode ser decisiva para conquistar recursos e construir políticas sólidas.

Por isso, é fundamental reforçar nossas abordagens. Somente assim será possível criar um caminho mais seguro e sustentável para o mercado de Feijão, enfrentando os desafios imediatos sem perder de vista o desenvolvimento de um cenário favorável no futuro.

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