Os preços nas principais fontes de São Paulo chegaram a R$ 250 por saca de 60 quilos, com uma movimentação claramente maior ao longo de toda a semana. Nos últimos dias, muitos empacotadores ajustaram sua estratégia e optaram por aumentar o estoque de passagem no final do ano. Todas as indicações apontam que essa decisão é acertada. Esperar para comprar no próximo mês tornou-se uma estratégia de alto risco.
No campo, a colheita começa no Paraná, mas o cenário é distinto do ano passado. Há maior presença de áreas com Feijão de escurecimento lento, fator positivo tanto para a qualidade quanto para a sustentação dos preços.
Também há indicação de menor plantio da cultivar Campos Gerais, o que anima o setor, já que, nos últimos anos, essa variedade foi sinônimo de dificuldades na comercialização.
Vale reforçar: o Paraná vem com área menor do que no ano passado. A principal região produtora de Feijão-carioca registrou redução de 35% na área plantada, dado relevante para a leitura da oferta nos próximos meses. Nos municípios que compõem a regional de Ponta Grossa, a diminuição da produção é estimada em 42%.
Trata-se da região que tradicionalmente colhe o maior volume de Feijão-carioca e, pelos relatos de produtores, agrônomos e comerciantes, o produto disponível tende a ser absorvido muito rapidamente pelo mercado.
Resumo prático: mercado mais firme, risco crescente para quem adiar compras e fundamentos alinhados a preços sustentados para o Feijão.
