Ontem, 07 de outubro, poucos negócios foram reportados no mercado do Feijão. Havia compradores, mas ofertando valores abaixo das expectativas dos produtores que têm produto em mãos.
E quando o ritmo desacelera, surgem interpretações apressadas. Muitos produtores, com pouca informação atualizada, acabam acreditando naquele corretor que sempre prega o apocalipse e dizem que os preços do Feijão podem cair até o fim do ano. Essa sensação de incerteza provoca desânimo e, às vezes, quem poderia esperar mais tempo decide vender logo para se livrar da ansiedade e da expectativa.
Assim, como duas semanas atrás, a sugestão era: se precisar vender, venda enquanto tem comprador correndo atrás, pois aquela onda também iria ter o momento de refluxo. Agora, venda se não tem outro jeito ou o seu Feijão é muito desajeitado. Se não, esperar mais um pouco pode valer a pena.
O fato de o plantio ter começado em algumas regiões não significa que haverá colheita em breve. Entre plantar e colher há um intervalo de cerca de 80 a 90 dias. E, mesmo assim, o plantio acontece de forma escalonada. Em alguns lugares falta chuva, em outros sobra. Tudo isso interfere no ritmo dos plantios e depois da colheita das lavouras e, por consequência, na disponibilidade futura de Feijão.
Apesar das poucas informações que circulam, não há nenhum fator concreto que justifique uma queda nos preços. O cenário continua firme e a sensação de calma é mais aparente do que real. O mercado do Feijão segue observando, mas não há sinais de desvalorização consistente.
Quem acompanha de perto sabe: o mercado de Feijão reage muito mais às decisões de quem tem o produto do que às apostas de quem observa de fora. A experiência dos produtores, dos corretores, dos agrônomos e dos cerealistas mostra que a fase atual é de espera, não de queda.
O Clube Premier segue ouvindo o que dizem as principais regiões produtoras e acompanhando os movimentos que podem influenciar o preço do Feijão nos próximos meses. Ainda não é hora de vender por impulso. O tempo entre o plantio e a colheita continua sendo o maior aliado de quem entende que paciência também é estratégia.