EUA: Safra menor de Feijões O que isso significa para o Brasil?

Por: IBRAFE,

14 de agosto de 2025

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O USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) divulgou dados atualizados sobre a safra de Feijões comestíveis de 2025. O rendimento médio nos EUA aumentou para aproximadamente 2.468 kg/ha, um acréscimo de 137 kg/ha em relação ao ano passado. No entanto, a área colhida caiu 9,3%, totalizando cerca de 552 mil hectares.

O maior recuo ocorreu em Dakota do Norte, o principal produtor americano, com uma redução de 18% na área, agora estimada em 239 mil hectares. A combinação de maior produtividade com uma área menor resultará em uma produção total de 1,363 milhão de toneladas, comparado a 1,419 milhão de toneladas na safra anterior.

Esses cinco tipos de Feijões representam cerca de 88% de toda a produção americana de Feijões comestíveis.        

Cenário de Mercado e Oportunidades para o Brasil

No mercado, o Feijão-preto é negociado entre US$ 0,57 e US$ 0,62/kg, enquanto o Feijão-pinto está entre US$ 0,55 e US$ 0,62/kg. Esses valores equivalem a R$ 3,15 a R$ 3,45/kg na taxa de câmbio atual, preços pagos ao produtor.

Para o Brasil se tornar mais competitivo no mercado global, será necessário focar na gestão interna das fazendas ("porteira a dentro"). Aumentar a produtividade, investindo em produtos biológicos para reduzir custos, é essencial. A possibilidade de aumentar as exportações depende diretamente desse fator.

A redução da produção americana, somada aos possíveis reflexos negativos do "tarifaço" — como no caso do Canadá, que importa mais de 50 mil toneladas dos Estados Unidos e onde há correntes que defendem um boicote a produtos americanos — pode abrir uma oportunidade para que o Brasil expanda suas exportações de Feijão-preto e Feijão-pinto. Isso seria especialmente relevante em mercados onde os EUA são fornecedores tradicionais.

Uma menor oferta externa também pode resultar em menos concorrência e na possibilidade de obter um prêmio por produtos brasileiros de alta qualidade, certificados e com rastreabilidade de manejo.

Esse cenário favorece os produtores que já têm um bom relacionamento com exportadores tradicionais e que estão atentos às demandas dos compradores internacionais. A recomendação é monitorar de perto as informações externas, alinhar-se com os parceiros comerciais e avaliar as oportunidades que podem surgir ao longo do ano.

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