O mercado de Feijão-carioca segue oscilando nos principais polos de produção, com variações de até R$ 5 ou R$ 10 para cima ou para baixo, conforme o dia e a região. Esse cenário tem exigido atenção redobrada de quem está vendendo e comprando.
No Feijão-preto, o quadro é outro: quem tem produto de qualidade está reticente em vender, preferindo esperar. Já o Feijão-preto mais comercial, aquele que atende principalmente a demandas de preço baixo, encontra vendedores com facilidade, mas nem todos os empacotadores conseguem colocação para esse tipo de produto, o que limita os negócios.
Um ponto de destaque vem do varejo: uma rede de supermercados do interior do Rio de Janeiro relatou vendas dentro da normalidade. Apesar dos preços mais baixos nas gôndolas, o volume vendido no período está pouco acima da média histórica para essa época do ano. Isso indica que estamos operando perto do teto do consumo doméstico: com o preço acessível, o brasileiro está aproveitando para colocar mais Feijão no prato.
Para o produtor e empacotador, essa é uma janela importante. Produto certo para cada nicho encontra giro em algum momento. Já quem insiste em esperar demais, pode acabar disputando espaço num mercado que já está bem abastecido. A sabedoria está em observar o fluxo e vender quando há comprador. O mercado ainda não está no ponto em que se possa esperar alguma reação nos preços.
