Feijão - Contrato de opção, Preço Mínimo e 12% ICMS

Por: IBRAFE,

25 de março de 2024

Responsive image

O setor de produção de Feijões está diante de algumas propostas que precisam ser urgentemente explicadas e implementadas conforme o caso: o Contrato de Opção para Feijão, o Preço Mínimo abaixo do custo de produção e o imoral aumento de ICMS sobre Feijão.

O Contrato de Opção é uma boa ideia. Se sair dos campos das "ideias" e for colocado em prática, pode ter um efeito significativo na produção e comercialização de Feijões. Quem falou sobre isso foi o Ministro Fávaro na semana passada. Relembrando: a princípio, isso poderá significar que o produtor terá assegurado um preço futuro do Feijão previsto em um contrato de opção emitido pelo Governo Federal. Este contrato lhe dará a possibilidade de escolher, no momento da colheita, comercializar no mercado spot ou entregar ao governo e receber o valor acordado. A princípio, não há ainda maiores informações sobre esta operação, mas a princípio seria destinada ao Centro-Oeste e Nordeste, deixando de fora os dois principais estados produtores de Feijões, o Paraná e Minas Gerais. A pergunta que precisa ser feita e faremos chegar ao Ministério da Agricultura é: o preço mínimo vai ser honrado?

O preço mínimo do Feijão-preto caiu 24,14% para este ano. O saco de 60 kg passou de R$ 210,30 para o mínimo de R$ 159,54, que começou a ser praticado em novembro do ano passado. Está na hora de começar a falar sobre isso, pois o produtor de Feijão-preto da região Sul tem um custo de produção, segundo a SEAB PR, de R$ 182,00; portanto, ao entregar para CONAB, terá um prejuízo de 14%. Lembrando que a mobilização para que este valor seja pago dependerá de muita pressão e articulação e só não será preciso se a safra não for consolidada por algum problema climático. Onde serão os armazéns aptos a receber? Há recursos disponíveis para operação? Os atuais gestores públicos serão provados se realmente estão preocupados com a produção de alimentos básicos e se estão preparados para amparar a produção.

Enquanto o Governo Federal divulga que está preocupado com o impacto da inflação dos alimentos em sua popularidade, o Governador do Rio Grande do Sul, ao invés de fazer cortes nos custos da máquina do governo, resolve aumentar o imposto sobre Feijões em 12%. Imoral e indefensável.

Mais
Boletins

Mercado em Movimento: Feijão-preto ganha valorização e Feijão-carioca patina nos intermediários
17/06/2025

Feijão-preto sobe e o carioca tropeça. E você, o que faz agora?

Mato Grosso se mantém como maior produtor de Feijão-Carioca irrigado
16/06/2025

Feijão-carioca 2025: plantar, colher… e rezar?

Feijão e Gergelim em movimento: nasce uma frente nacional com voz ativa em Brasília
13/06/2025

O Brasil precisa de alimentos de verdade — e agora, o Feijão e o Gergelim têm quem fale por eles com competência, união e visão de futuro

O que está acontecendo no mercado do Feijão-preto e Carioca?
12/06/2025

VOCÊS ESTÃO VENDO ISSO?? O mercado do Feijão tá mais instável que relacionamento de influencer no Twitter.

O consumo de Feijão depende de você
11/06/2025

Os primeiros lotes de Feijão-carioca irrigado, novo e recém-colhido, começam a ser comercializados