Feijão é tudo igual ou o seu é diferente?

Por: IBRAFE,

11 de agosto de 2025

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Hoje, o produtor que busca melhores preços precisa responder a uma pergunta fundamental: o que o seu Feijão tem de diferente? A resposta que mais ganha força em 2025 é clara: manejo sustentável que reduz custos e riscos, com o uso de biológicos, respeito ao solo vivo e rastreabilidade. Isso não é apenas um discurso, mas um ativo comercial de valor.

As Pulses fixam nitrogênio no solo, exigem menos insumos e água, e têm uma pegada de carbono menor — tudo o que compradores sérios buscam premiar. O IBRAFE já está se organizando para buscar valorização por qualidade e origem, com rastreabilidade e certificações na pauta em Brasília.

Como transformar isso em dinheiro no bolso

Liste seus diferenciais verificáveis: áreas com biológicos, manejo do solo, água, resíduos abaixo do limite, sementes fiscalizadas. Isso vira prova.

Dê “selo” a essa prova: rastreabilidade e, se fizer sentido, projetos de carbono e ESG. Esses três itens agregam valor e abrem portas de mercado e financiamento. O GAAS, por exemplo, já oferece a seus associados, acessos a recursos com taxas mais baixas que as do mercado.

Estamos buscando levar a proposta a quem paga: empacotadoras e varejo premium, food service e exportador que pedem história, laudo e padrão. É a descomoditização na prática. 

Enquanto muitos reclamam, você pode agir e pensar nessa direção para se destacar no mercado.

O Pulso dos Preços nos Últimos 30 Dias

Abaixo, o panorama de preços do Feijão no último mês:

Feijão-carioca

  • Minas Gerais: Movimento de ajuste no início de agosto. No Triângulo e Alto Paranaíba, o preço médio do Feijão Nota 8,5 (Cepea) caiu de R$ 208,96/saca (01/08) para R$ 194,00/saca (08/08). No entanto, o Feijão Nota 9 obteve um prêmio significativo, sendo vendido a R$ 208,57/saca em Belo Horizonte e R$ 216,84/saca no Triângulo — um valor entre 5% e 12% acima das notas 8 a 8,5.
  • Paraná: O mercado reagiu entre o fim de julho e o início de agosto. Na Metade Sul, o preço (Cepea/CNA) subiu de R$ 158,80/saca (29/07) para R$ 169,20/saca (08/08), para um Feijão com qualidade inferior à Nota 8. Em Curitiba, a alta foi de R$ 158,13/saca (29/07) para R$ 170,03/saca.

Feijão-preto

  • Paraná (Região de Curitiba): O preço do Feijão Tipo 1 segue em leve queda. De R$ 139,07/saca no início de julho (01/07), o valor recuou para R$ 129,55/saca em 08/08. O mercado local ainda apresenta volume suficiente de oferta, sem perspectiva de melhora no curto prazo. 

O Recado Estratégico

Se o seu Feijão tem manejo sustentável comprovado, ele já vale mais. ESG, rastreabilidade e projetos de carbono não são tendências passageiras, mas sim a ponte para contratos e preços mais vantajosos.

O momento exige organização para capturar esse prêmio: formalize as evidências, padronize a classificação, mantenha um histórico de cada talhão e colheita, e ofereça essa história a quem está disposto a pagar por ela. O mercado está monitorando os desdobramentos que abrem caminho para a "descomoditização" do Feijão.

 

 

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