As exportações brasileiras de Feijões já somam 137 mil toneladas em 2025, com um faturamento de US$ 115 milhões. Quando abrimos os números, vemos com clareza a relevância crescente da pauta externa para o setor: foram cerca de 50 mil toneladas de Feijão-mungo preto, 40 mil toneladas de Feijão-preto, 26 mil toneladas de Feijões rajados e vermelhos, e 18 mil toneladas de Feijão-caupi.
Para entender a dimensão desse avanço, basta lembrar: nos primeiros seis meses do ano passado, o Brasil exportou apenas 73 mil toneladas de Feijões — e 78% de todo o volume de 2024 foi embarcado no segundo semestre. Ou seja, este ano o ritmo já supera, com folga, o desempenho anterior no mesmo período.
Agora, pare um segundo e pense: o que teria sido do nosso setor se não tivesse despertado para esse mercado internacional?
Alguém pode contra-argumentar: “Mas se não tivéssemos exportado, estaríamos produzindo menos.” Tudo bem. Então reformulemos a pergunta: o que seria do produtor se o único mercado disponível fosse o interno — sem o canal da exportação, como já têm a soja e o milho?
A resposta está na própria realidade dos preços atuais. Em meio a um cenário de custos de produção elevados, variação cambial, retração do consumo e dificuldade logística, o mercado interno sozinho não é suficiente para garantir remuneração adequada. A exportação não é um luxo — é um colchão de segurança, um motor de crescimento e, muitas vezes, a tábua de salvação.
A inserção internacional nos dá fôlego para lidar com as flutuações sazonais do consumo interno, ampliar o leque de cultivares valorizadas, diluir riscos e atrair investimentos. Basta lembrar que o Feijão-preto, que já foi considerado um produto de consumo interno quase exclusivo, hoje avança com força nos mercados da Venezuela, Cuba e até Estados Unidos. E o Feijão-mungo, antes marginal na pauta agrícola brasileira, tornou-se a principal categoria exportada.
Mas é preciso lembrar: o primeiro registro com repercussão nacional sobre a exportação de Feijões brasileiros foi feito pelo IBRAFE, por volta de 2010, conforme apontado por levantamento recente da plataforma Perplexity. Na época, quando ninguém falava disso, foi o IBRAFE quem levantou essa bandeira, com reportagens em portais como Agrolink e boletins técnicos que começaram a reorientar o olhar do setor para o comércio internacional. Antes disso, as menções eram dispersas, sem foco ou continuidade.
Desde então, nenhuma outra instituição contribuiu tanto e de forma tão estratégica para a abertura e consolidação desse mercado como o IBRAFE.
E é no Clube Premier que essas informações, essas análises e essas oportunidades chegam primeiro. Quem está no Clube, já sabia de tudo isso. Quem ainda não está, está perdendo tempo — e dinheiro.