Oferta de Feijão-carioca cada dia menor  

Por: IBRAFE,

8 de dezembro de 2025

Responsive image

A semana passada seguiu com pouco volume de negócios reportados, mas os movimentos de preço do Feijão-carioca merecem atenção. Nas poucas vendas que aconteceram, houve reação, e, na sexta-feira, já apareceram negócios de até R$ 250,00 por saca, com prazo curto no interior de São Paulo, justamente no momento em que a colheita caminha para o fim e há pouco Feijão nas mãos dos produtores.

Os dados do CEPEA (Esalq/USP) confirmam esse quadro. No Feijão-carioca peneira 12, nota 9 ou superior, o indicador para o estado de São Paulo encerrou o dia 5 de dezembro em R$ 250,22 por saca, enquanto o Noroeste de Minas, que abrange a região de Unaí, apareceu a R$ 235,00 por saca. Já no grupo de notas 8 e 8,5, o CEPEA registrou R$ 219,51 por saca no Noroeste de Minas e R$ 213,93 no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, mostrando que Minas ainda oferece alternativas, mas com diferença nítida entre o topo de qualidade e o restante dos lotes.

É importante lembrar que nem todo o Feijão colhido está em condição de alcançar as melhores referências. Entre os lotes aparecem problemas de peneira, mancha e umidade, que tiram o produtor da primeira divisão de preços. Para o empacotador e o comerciante que ainda estão de fora, a combinação de pouco Feijão de boa qualidade em São Paulo, referência do CEPEA encostando nos R$ 250,00 e Minas mais firme nas melhores notas indica um mercado sensível a qualquer aumento de demanda. 

Quem deixar para recompor estoques de Feijão-carioca de padrão alto na última hora dificilmente fará isso barato. A variável é o comportamento dos produtores: sentindo a proximidade do recesso de final de ano, vão segurar ou aproveitar para vender?

E o Feijão-preto? Se um grande empacotador precisar hoje de um lote maior, algo como 10.000 sacas de Feijão-preto tipo 1, onde vai encontrar esse volume com padrão e agilidade? Mesmo havendo Feijão-preto estocado no Paraná, já não são tantos os lotes de melhor qualidade. Muito provavelmente, a solução passará por importar. Com a pequena colheita prevista para o começo do ano de Feijão-preto, a expectativa é de que o Brasil volte a importar esse Feijão.

Mais
Boletins

Oferta de Feijão-carioca cada dia menor  
08/12/2025

O ponto central desta história está na pesquisa  
05/12/2025

Consumo aumenta 11,83% em novembro                                   
04/12/2025

Proteína concentrada de Pulses é mercado de US$ 20 bilhões  
03/12/2025

A menor área plantada da história (de novo)    
02/12/2025