A segunda-feira começou com o mercado de Feijão operando dentro do ritmo esperado, sem grandes surpresas e mantendo um comportamento relativamente estável.
Embora alguns compradores apostassem que os produtores cederiam um pouco mais nos preços, especialmente nos lotes de melhor qualidade, isso não se confirmou.
No Noroeste de Minas, que concentra atualmente o maior volume de negócios, os melhores lotes de Feijão-carioca permaneceram firmes, negociados entre R$ 210 e R$ 215 por saca.
Esse intervalo se consolidou como a principal referência de preços para a região, servindo de baliza para negociações e para a tomada de decisão de produtores e empacotadores.
No Mato Grosso, as informações de mercado apontam negociações ao redor de R$ 190 por saca para Feijão-carioca nota 8,5/9, o que reforça o distanciamento de valores entre diferentes polos produtores.
Essa diferença, que tem se mantido ao longo das últimas semanas, também reflete o custo logístico e as características de qualidade específicas de cada origem.
A estabilidade, mesmo com expectativa de baixa, mostra que o produtor prefere testar o apetite dos compradores antes de recuar nos valores, adotando uma postura estratégica de barganha e protelação.
Em muitos casos, o produto permanece armazenado, e essa gestão do momento da venda vem segurando o mercado, funcionando como um amortecedor para possíveis quedas mais bruscas.
Além disso, com custos de produção e operação ainda elevados — desde insumos e manutenção da lavoura até transporte e armazenamento —, manter os preços atuais se torna fundamental para preservar as margens.
Essa postura mais cautelosa dos vendedores, combinada à capacidade de segurar o produto, ajuda a manter o equilíbrio entre oferta e demanda no curto prazo, evitando movimentos bruscos que poderiam desestabilizar o mercado no Centro-Oeste. Já no Sul, o Paraná segue vendendo Feijões de todos os preços e qualidades inferiores entre R$ 110 e R$ 150.
Esse Feijão abastece todos os tipos de consumidores, mas com maior volume atende a cozinhas industriais, escolas em alguns casos e periferias de grandes cidades.