Hoje, 26 de junho, o IBRAFE recebe em Curitiba a missão americana do NDBC — National Dry Bean Council, o Conselho Americano do Feijão. Após visitar a Argentina para avaliar a safra local, o grupo chega ao Brasil com o objetivo de avaliar os estoques e a qualidade do Feijão-preto, rajado e vermelho. Trata-se de uma comitiva formada por produtores preocupados com o avanço do Brasil como competidor no mercado mundial.
Por outro lado, como é típico do pragmatismo americano, há também o entendimento de que, se for mais vantajoso, eles vendem o que têm e compram de outros países em outro momento. O ponto em comum está no esforço contínuo — e financiado — para fomentar o consumo de Pulses em diversos mercados, inclusive dentro dos Estados Unidos.
Nesta semana, chuvas no Vale do Araguaia interromperam colheitas e acenderam o alerta sobre a qualidade dos lotes recém-colhidos. Ao mesmo tempo, observamos uma mudança de comportamento: diante de ofertas abaixo de R$ 250 por saca, muitos produtores decidiram reter seus volumes em câmaras frias, apostando em melhores oportunidades à frente.
De acordo com o CEPEA, o Feijão-carioca nota 8,5 subiu +2,42% na metade sul do PR, com leve valorização também em Minas Gerais. Já o Feijão-preto segue firme no campo, recuando em 0,06% no atacado paranaense, reflexo de maior pressão da oferta sobre os canais de distribuição.
O mercado está em compasso de espera: varejo lento, produtores cautelosos, mas firmes, e compradores cada vez mais seletivos. A visita do NDBC reforça que o mercado internacional está de olho no Feijão brasileiro.
A estratégia agora é clara: preservar qualidade, armazenar com inteligência e estar pronto para o momento certo.