Sem novidades, o mercado ontem teve reportados poucos negócios. Há pouco Feijão-carioca e Feijão-preto, mas não há necessidade, de maneira geral, dos empacotadores aceitarem novos patamares de preço, uma vez que não houve ainda movimento de reposição pelo varejo. Aliás, o varejo conta com baixa dos preços, pois sonham que haverá safra a ser colhida Brasil afora.
Ontem um representante comercial do interior de São Paulo entrou em contato com IBRAFE em busca de informações sobre o tamanho da safra da Bahia. Especuladores postam em alguns grupos de WhatsApp que a Bahia está sendo abastecida por colheita de Irecê e que é tanto Feijão que os preços podem recuar muito. Lorota. A safra de Irecê está sendo colhida, mas com quebra na quantidade por falta de chuva nas últimas 4 semanas. Até o milho esta sofrendo neste momento lá. O resultado é que contrasta muito esse Feijão em termos de tamanho de grão, cor e umidade. Some-se a isso o plantio de grão e não de semente, com baixa tecnologia que acaba refletindo no visual.
Os empacotadores que utilizam em suas marcas de Feijões do noroeste de Minas Gerais, por exemplo, resistem a colocar este produto em seus pacotes. Se há Feijão naquele estado, todo restante do Nordeste vai se abastecer por alguns dias lá mesmo. Nesse momento, as vendas de empacotadores da região podem até diminuir um pouco, pois os Feijões são vendidos nas feiras e em marcas sem expressão, a preços mais baixos. Os preços ontem estavam a R$ 340/350 depois de terem iniciado alguns dias atrás a R$ 380 em Irecê - Bahia.