Sem estoques estratégicos de Feijão, dispara o risco à segurança alimentar

Por: IBRAFE,

6 de setembro de 2024

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A seca atual é a mais extensa e severa já registrada no país, superando a de 2015, conforme o Centro Nacional de Monitoramento e Desastres Naturais (Cemaden). Especialistas alertam que a estação seca deve continuar até outubro, com a possibilidade de agravamento do cenário. Diante disso, a pergunta é: como atender o consumidor caso a previsão se confirme? Por isso, o IBRAFE propõe a discussão no setor agrícola sobre a lógica de se implementar um estoque estratégico de Feijão.

Esse estoque não seria necessariamente destinado a amparar o produtor por meio de um preço mínimo, mas sim a ser adquirido a preços de mercado, com o objetivo de evitar um possível desabastecimento no futuro. Anteriormente, a ideia de que o Brasil pudesse enfrentar complicações no abastecimento de Feijão parecia remota. No entanto, essa percepção está mudando, e já não é absurdo considerar que o país deva manter um estoque estratégico para lidar com as consequências das mudanças climáticas.

Atualmente, a formação desse estoque está, salvo engano, vinculada a aquisições feitas a partir do preço mínimo. Isso implica que seria necessário que o preço caísse abaixo de R$ 183 para que, a partir dessa compra, se iniciasse a formação do estoque. Com o atraso no plantio, que já está começando a ocorrer, e o desafio de produzir em um período no qual muitos meteorologistas preveem que o clima permanecerá com pouca chuva, torna-se cada vez mais lógico estabelecer um estoque estratégico. Se uma tendência de escassez de chuvas está se consolidando, faz todo sentido que esse estoque seja criado para garantir a segurança alimentar e a estabilidade do mercado de Feijão.

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