Urbano Lança Feijão-Preto Pronto para Consumir

Por: Ibrafe,

29 de janeiro de 2025

Responsive image

Após o alerta emitido ontem sobre os riscos do Brasil plantar 300 mil hectares de Feijão-preto na segunda safra, surgiram diversas reações. Alguns torceram pelo desastre e criticaram a preocupação do IBRAFE com o excesso de oferta. “Deixe que o mercado se ajuste sozinho”, opinaram. Outros agradeceram e informaram que irão diminuir a área plantada no último momento.

Se em 2023, quando identificamos uma janela de exportação considerável que poderia ser aproveitada em 2024, alertamos e o setor aproveitou, e se, durante cinco anos, insistimos que o Brasil não precisaria importar Feijão-preto se os produtores o cultivassem localmente, não seria ético ficarmos em silêncio agora. Ontem, no caso do Feijão-carioca, observou-se uma demanda firme até R$ 230 em Goiás, R$ 240 em Minas Gerais e R$ 240 em São Paulo para Feijões nota 9. Entretanto, esse tipo de Feijão está escasso. Por outro lado, há um excesso de oferta de Feijões de menor qualidade, com preços a partir de R$ 150, mas com danos como manchas e brotos. No Mato Grosso, também foram reportados poucos negócios, com valores máximos de R$ 200 por saca de 60 quilos.

Com o mercado saturado de produto comercial, grandes redes como Assaí, Atacadão e outras estão vendendo Feijão com muitos defeitos a preços baixos e qualidade inferior. Isso faz com que os compradores percam a pressa em adquirir o produto, enquanto os produtores, ansiosos, pressionam o mercado, contribuindo para sua lentidão.

 

Uma excelente notícia, no entanto, circulou ontem a partir de Curitiba. A URBANO Alimentos, de Jaraguá do Sul, Santa Catarina, uma empacotadora e membro do Clube Premier do IBRAFE, lançou o Feijão em pote, pronto para consumo e sem aditivos. Basta aquecer no micro-ondas e consumir no próprio recipiente. O preço sugerido ao varejo é de R$ 8,99 por 299 gramas.

Essa iniciativa se soma às da Vapsa Alimentos e da Caldo Bom, que comercializam com sucesso embalagens de Feijão pronto para consumo, embora com conceitos ligeiramente diferentes, mas igualmente práticos.

 

A carga tributária sobre esses produtos ainda é alta, pois eles não são classificados como itens da cesta básica, possivelmente por falta de lobby no setor. Contudo, à medida que esses formatos inovadores ganhem força e se unam aos tradicionais, estaremos atendendo uma parcela cada vez maior da população: casais sem filhos, pessoas que moram sozinhas e buscam praticidade, para quem o preço não é a principal preocupação.

Mais
Boletins

Mercado com nova queda e sobra de produto
06/08/2025

Cenário mostra queda nos preços e excesso de Feijão, o mercado precisa de ações imediatas para impulsionar o consumo

O mercado de Feijão está chato
05/08/2025

Preço baixo não cobre os custos de produção, desvaloriza toda a cadeia e penaliza os produtores de Feijão de melhor qualidade, que deveriam ser valorizados

Atualização do Mercado e Ações Estratégicas da Semana
04/08/2025

Paraná pode ganhar a Rota do Feijão-preto. A Síntese está um passo à frente com o biológico

De Volta às Origens - IBRAFE Lança Campanha 'Viva Feijão' para Resgatar Tradição e Sabor e Incentivar o Consumo
01/08/2025

Sucesso do Pulse Day em Guarapuava e Recuo na Cotação do Feijão-Carioca
31/07/2025

O Pulse Day em Guarapuava foi um sucesso com mais de 270 participantes e organização impecável, incluindo notícias animadoras do México