Na semana passada, o Feijão-carioca que havia sido negociado até R$ 230 por saca no Noroeste de Minas Gerais recuou para R$ 225 por saca. Os produtores estão fazendo o certo: segurando o preço. Manter os valores acima de R$ 200 não é apenas bom para quem planta, mas para toda a cadeia.
Quando o preço do Feijão cai, o impacto é sentido no produtor (que já enfrenta custos elevados), no empacotador (que vê seu faturamento encolher) e até no supermercado. É importante lembrar que o consumidor final não é o grande beneficiado disso. Mesmo com o quilo oscilando entre R$ 4 e R$ 8, o consumo segue praticamente no mesmo patamar.
....Enquanto isso, em Guarapuava, realizamos um Pulse Day que reuniu mais de 280 participantes. Discutimos como melhorar a comunicação com o consumidor, aproximar o campo da cidade e aumentar o consumo de Feijão. A proposta da criação de uma Rota do Feijão-preto no centro-sul do Paraná ganhou força.
O clima, os pinheirais, a qualidade sensorial do Feijão produzido ali — tudo favorece a valorização local, o turismo gastronômico e o fortalecimento da nossa cultura, com feijoadas típicas e pontos de venda regionais.
Durante o evento, destaquei que o estoque de Feijão-preto é robusto neste ano: produzimos 759 mil toneladas. Mesmo descontando as exportações (30 a 35 mil toneladas), o volume disponível ainda é grande.