O retrato do varejo hoje é outro. Quase 70% do faturamento dos supermercados já vem de grupos regionais. Isso quer dizer, na prática, que o Futuro da cesta básica brasileira – arroz, feijão, óleo e café – está cada vez menos na mão de duas ou três multinacionais e cada vez mais nas mãos de quem é daqui, fala como o consumidor fala e vive a realidade do produtor. Carrefour não é nosso. Supermercados BH, Grupo Mateus, Muffato, Mart Minas, Zaffari, Koch e tantos outros são.
Quando olhamos o Ranking ABRAS, fica claro quem está puxando essa virada. O Grupo Mateus, nascido no Maranhão, domina o Norte e o Nordeste e já é a 3ª maior rede do país. Supermercados BH, mineiro da raiz à gôndola, é a 4ª maior rede do Brasil. No Paraná, o Grupo Muffato virou sinônimo de Força regional e ocupa posição de destaque nacional. Mart Minas cresce no atacarejo mineiro, enquanto Zaffari no Rio Grande do Sul e Koch em Santa Catarina mostram que o Sul também tem seus próprios campeões. Todos com capital local, gestão próxima e leitura Fina do seu consumidor.
Para quem produz, empacota ou distribui feijão, isso muda tudo. A oportunidade agora é construir marcas que defendem o que é de cada região: o Feijão da região, o Prato Feito com identidade local, o relacionamento direto com o dono da rede regional. Esses grupos estão muito mais abertos a ouvir quem traz produto bom, regularidade, apoio de gôndola e uma história verdadeira do campo à mesa. Eles precisam reaprender a olhar o Feijão como algo nosso, com orgulho.
A mensagem para o assinante do Clube Premier é simples e estratégica: escolha de que lado você quer estar. Do lado de quem decide em Paris ou do lado de quem decide em Paracatu, Cascavel, Rio Verde, Imperatriz. Mapear as redes regionais prioritárias, ajustar peneira, tipo de Feijão, embalagem e narrativa para cada território e se apresentar como o Feijão oficial do Prato Feito daquela região é o caminho. Defender o que é nosso, com dados, qualidade e constância, é transformar essa mudança do varejo em volume, margem e marca Forte pelos próximos anos.
O nosso acesso ao mercado comum europeu tem sido impedido pela França. Posam de defensores da Amazônia, mas o que defendem são os interesses Franceses. Comente que você acha sobre isso.
