Feijão-carioca abaixo de US$ 50 por saca

Por: IBRAFE,

20 de julho de 2023

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Em algum momento, teremos que conhecer o limite de produção de Feijão-carioca. Para os gestores públicos em Brasília, o problema bate à porta com mais força quando os preços disparam nas gôndolas e surgem milhões de brasileiros que não têm condições de consumir o Feijão ao redor de US$ 2 por quilo. Mas o Feijão caro é pai do Feijão barato. E o barato é pai do Feijão caro. Desde fevereiro de 2022, o preço médio rompeu a barreira dos US$ 50 dólares por saca ao produtor e acima deste valor estava até este mês. Será que estamos voltando ao que pode se chamar de “normalidade” de nível de preço? Há fortes indicadores que sim. 
A soja e o milho pós-pandemia ganharam áreas consideráveis no Brasil e no mundo e agora estamos voltando, se não a patamares pré-pandêmicos, há níveis de preço abaixo dos praticados naquele período. Como consequência, essas culturas devolverão parte das áreas ocupadas. Isso traz à tona a questão: o que fazer? Em um dado momento, a atenção estava voltada aos milhões de famintos do Brasil e, agora, quem vai se voltar aos produtores que precisarem de amparo? Preço mínimo e estoque regulador não atendem aos produtores de maior porte. 
Dentro da porteira, a necessidade de rotação de culturas, ou ainda sob irrigação, o Feijão tem grande peso na decisão de investir na tecnologia ou não. Lembrando que isso também vai passar e, ainda dentro do mandato do governo atual, poderemos, se não for bem equacionado, voltar a ter novo período de grande valorização. É aí que entra o IBRAFE. 
Mais do que uma associação, somos um instituto que propõe estudos, discussões e cobra resultados. Nós buscamos antecipar providências que preparem o consumidor, o produtor, a pesquisa e o governo para minimizar as consequências de cada extremo, propondo debate e mudança de direcionamento. Uma das ferramentas que o Brasil tem é maior participação no mercado mundial. Para isso, precisamos ser absolutamente mais competitivos na produção de Feijões coloridos e caupis. 
Por isso, vamos discutir esse assunto no 9º Fórum do Feijão, em Brasília, nos dias 20 e 21. Não seja o último a saber o que acontece. Participe e tenha voz ativa nas variáveis que afetarão o seu bolso.

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