Após o sucesso do Pulse Day em Cascavel, o evento realizado ontem em Campos Gerais consolidou o papel da região como referência em qualidade e tecnologia no cultivo de Feijão.
A maciça presença de produtores ligados à Frísia, Castrolanda e aos três sindicatos rurais locais reforçou o interesse crescente pela pesquisa aplicada, especialmente nos Feijões de escurecimento lento (EL).
EMBRAPA, IAC e IDR apresentaram resultados que apontam cultivares adaptadas à região com ganhos consistentes em cor, rendimento e pós-colheita.
Empresas como Feijão Pontarollo, Mingote Cereais e Coperaguas destacaram a boa aceitação dos Feijões locais tanto no mercado interno quanto nas exportações, evidenciando uma sensível evolução de qualidade graças aos avanços em manejo e genética.
Um ponto de alerta uniu comerciantes e empacotadores: o mercado para Feijões comerciais nota 7 está desaparecendo.
Feijões Carioca mais escuros e Feijões-pretos miúdos vêm perdendo espaço nas gôndolas, enquanto as marcas líderes ampliam as vendas de produtos nota 8,5 ou superior. A diferença de valor é significativa — ao menos R$ 40 por saca entre materiais antigos, como Campos Gerais ou Sabiá, e cultivares mais modernas como o IAC 2051.
A mensagem que ficou do Pulse Day Campos Gerais é clara: qualidade virou condição de sobrevivência e competitividade. A região demonstra que pesquisa, manejo e mercado caminham juntos — e quem acompanhar essa evolução colherá os melhores resultados.
