Pico de Safra, Câmaras Frias e o Custo de Esperar

Por: IBRAFE,

23 de julho de 2025

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O produtor atento não gostaria de vender agora, mas não basta saber e querer. É preciso também poder. Há cada vez mais produtores que trabalham melhor "dentro da porteira", baixando tanto quanto possível, custos, como os associados do GAAS (https://gaasbrasil.com.br/), que com a agricultura regenerativa têm reduzido os custos.

Ninguém tem dúvida de que vender bem começa antes da colheita e vai além da porteira. Sabe-se que o pico da safra não é o melhor momento para vender, mas há uma trava estrutural que não pode mais ser ignorada: o custo para carregar o estoque. Esta semana, os preços voltaram aos R$ 230, base Noroeste de Minas, e durante agosto muita gente gostaria de aguardar 60 a 90 dias.

É bonito dizer que quem tem câmara fria pode escolher quando vender. É verdade. Mas manter a mercadoria parada, com energia cara, capital imobilizado e sem financiamento adequado, isso custa, e custa muito.

E aí entra uma contradição perigosa: Mesmo o produtor que sabe que o melhor é esperar, que poderia segurar a mercadoria para buscar melhor preço, muitas vezes não consegue fazer isso porque falta acesso a crédito com juros compatíveis com E aí entra uma contradição perigosa: mesmo o produtor que sabe que o melhor é esperar, que poderia segurar a mercadoria para buscar melhor preço, muitas vezes não consegue fazer isso porque falta acesso a crédito com juros compatíveis com a realidade do setor.

O resultado? Quem poderia fazer diferente é forçado a vender no momento mais saturado do mercado, jogando contra sua própria rentabilidade.

É por isso que defendemos há anos: o Brasil precisa subsidiar e estimular o armazenamento de um produto básico através do Empréstimo do Governo Federal (EGF), com a mesma energia com que incentiva o plantio.

Sem isso, os preços e os produtores continuarão reféns do imediatismo — e o produtor, atingido por uma sequência de resultados complicados no agronegócio, seguirá pagando a conta do descaso público. O Feijão ainda não tem a presença que merece nas rodas de Brasília. Mas isso está mudando — e o IBRAFE, apoiado pelo Clube Premier, é parte ativa dessa mudança. Mais que preço, aqui entregamos visão.

 

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