A valorização percebida nesta segunda-feira, 18 de agosto, já era aguardada por corretores e compradores que estão nas fontes. As dificuldades de aquisição no final da semana passada abriram espaço para a valorização, que acabou consolidada entre R$ 220 e R$ 225. O comportamento varia conforme a região e o tamanho do grão.
Boa parte dos lotes negociados têm em comum grãos menores que a peneira 12, mais valorizada, com fundo em torno de 3%. Isso explica por que, quando aparece um lote acima desse padrão, o interesse dos compradores cresce, e a disputa entre eles passa a ser maior que a disposição de venda dos produtores.
Ainda que as colheitas já estejam bem avançadas, não será surpresa que os preços voltem a cair e, depois, sigam novamente em novo momento de valorização. Portanto, se você precisa vender, aproveite o momento em que o comprador está batendo à sua porta.
Feijão-preto
No Feijão-preto, o cenário segue complicado. Há relatos de Feijões tipo 2 e 3 sendo vendidos abaixo de R$ 110. Não há, por enquanto, sinais de reação rápida, já que os estoques em mãos de produtores, cooperativas e cerealistas ainda são suficientes para abastecer a demanda nacional por alguns meses.
Vale lembrar que, assim como o mercado chegou a esse ponto pelo efeito manada, a reversão também virá. O primeiro trimestre do ano que vem pode trazer uma correção importante.
Quem observa o campo já percebe indícios de que a disponibilidade de produto novo pode ser limitada no início de 2026. Nesse período, o Feijão-preto argentino não será novidade, e sim remanescente da colheita deste ano. Isso abre a possibilidade de uma janela de valorização a ser aproveitada.