Agora é hora de correr atrás de comprador? Certamente que não. O mercado anda calmo, mas sempre há negócios pontuais — aqueles produtores que vão vendendo de pouco em pouco e fazem uma boa média. Cada caso é um caso. O empacotador não pode simplesmente dizer ao supermercado “espere que estamos esperando subir para vender”. Quando o mercado está parado, alguém precisa atender essa demanda.
Por outro lado, quem pode esperar, deve considerar isso com calma. Tudo indica que segurar um pouco mais pode ser um bom negócio neste ano. Mas é bom lembrar: quando o mercado reagir, a lua continua sendo lua, não um queijo. A velha história de fincar o pé e esperar o preço chegar a R$ 280, depois R$ 300 e por aí em diante, quase sempre termina mal. Saber vender na hora certa é o que diferencia o produtor experiente que ganha do teimoso, que perde.
Enquanto isso, outro tema importante segue em pauta: o vazio sanitário do Feijão em Minas Gerais. Embora haja divergências e críticas, as autoridades estão firmes em fazer valer a medida. O objetivo é conter a mosca-branca, que neste ano causou grandes perdas nas lavouras.
De 20 de setembro a 20 de outubro, está proibido o cultivo e devem ser eliminadas todas as plantas vivas de Feijão nas regiões de Buritis, Cabeceira Grande, Formoso, Guarda-Mor, Paracatu e Unaí. O cadastro obrigatório de produtores e propriedades também entra nessa agenda, permitindo respostas rápidas a novos focos de pragas.
Minas, segundo maior produtor de Feijão do país, já colheu mais de 476 mil toneladas em 2025, e esse peso na economia exige responsabilidade. Cumprir o vazio sanitário e manter o cadastro em dia não é burocracia — é estratégia. Quem protege o Feijão hoje, protege o futuro do mercado.