Um comprador relatou que grande parte do Feijão disponível nesta safra tem apresentado qualidade fraca para comercialização. Segundo ele, muitos lotes precisam passar pela máquina para tentar corrigir ou ao menos reduzir defeitos como grão miúdo, presença de palha e cisco.
Mesmo assim, parte desse produto acaba sendo empacotada nessas condições, justamente para que o preço final consiga atender à realidade das gôndolas no varejo, que querem preço para atrair o consumidor.
Outro ponto de atenção é a baixa umidade dos grãos, que tem causado desequilíbrio nos pacotes e afetado a apresentação visual. A leveza do grão prejudica o enchimento uniforme e dificulta o empacotamento, comprometendo o aspecto final do produto.
Apesar das dificuldades, o comprador acredita que o momento é sazonal e que a situação tende a se normalizar nos próximos meses. Ainda assim, manifesta preocupação com o futuro da cadeia produtiva, pois muitos produtores podem reavaliar seus plantios devido ao impacto das pragas e à frustração nesta safra.
Em relação aos preços, o Feijão-carioca nota 8,5, com peneira acima de 90/12 e umidade em torno de 11%, está sendo pedido entre R$ 240 e R$ 250, e os negócios saem abaixo disso. Já os lotes de qualidade inferior, com peneira menor, variam de R$ 180 a R$ 210, dependendo da quebra de fundo e também da baixa umidade observada.
Mesmo diante de tantos desafios, o comprador reforça a confiança de que o mercado voltará ao equilíbrio em breve; pelo menos é o que o histórico aponta.