O mercado de Feijão-carioca apresentou ontem, 05 de agosto, mais um sinal de fraqueza, com negócios confirmados em Goiás a R$ 200 e, em Minas Gerais, o máximo de R$ 215. Mesmo assim, sobrou produto nesse valor.
Já no caso do Feijão-preto, a referência no Sul de Minas segue em torno de R$ 170 para vendas dentro do estado. Para quem traz da região Sul do país, ainda há o peso do frete, o que explica negócios nesses patamares.
Esse cenário — de produto sobrando mesmo com preços em queda — reforça um ponto importante: não adianta esperar que o mercado se resolva sozinho. É preciso agir.
Mais do que esperar, é hora de fazer
Todo mundo concorda que precisamos aumentar o consumo de Feijão no Brasil. Mas quando se trata de agir... muitos ainda estão esperando que "alguém" faça. Esperando que o governo lance uma campanha, que a mídia descubra o valor do alimento, que a escola ensine melhor alimentação ou que os consumidores mudem sozinhos. Só que não dá mais para esperar.
Se queremos realmente que o Feijão volte a ser o herói do prato brasileiro — como foi por gerações — então precisamos nos mexer. E isso começa por quem vive, planta, empacota e defende esse alimento todos os dias: nós.
O IBRAFE propõe o Viva Feijão como ponto de partida. Um movimento vivo, real, que não depende de verbas públicas, mas da nossa disposição em contar novas histórias sobre o Feijão, conectar o campo à cidade e mostrar que comida de verdade faz bem para a saúde, para o bolso e para o país.
Se até hoje o consumo se manteve mais pela tradição do que pela comunicação, imagine o que podemos conquistar com estratégia, presença digital e campanhas bem-feitas?
O estudo “Hábitos do consumidor 2025” mostra que mais de 80% dos brasileiros são impactados por conteúdo nas redes sociais antes de comprar. O momento é agora. Esperar mais é perder espaço — inclusive para produtos ultraprocessados com embalagem bonita e marketing agressivo.
O Viva Feijão é só o começo. O que vem depois depende de todos que estão nesse setor. A pergunta não é “quando alguém vai fazer?”, mas sim “o que eu posso fazer agora?”.
Não é mais sobre ter razão. É sobre ter ação.